MARCHANTIACEAE

Marchantia berteroana Lehm. & Lindenb.

Como citar:

Tainan Messina; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Marchantia berteroana (MARCHANTIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

83.016,017 Km2

AOO:

16,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo aqui em Estados das Regiões Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro) e Sul (Rio Grande do Sul) (Costa et al., 2012). Apresenta padrão de distribuição circunantártico, com extensões em áreas de altitude elevada na Oceania, Andes tropicais, Galápagos, Costa Rica, Equador, Peru e Bolívia (Costa, com. pess.).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(i,ii)
Categoria: EN
Justificativa:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorre na Mata Atlântica dos Estados das regiões Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro) e Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina). Apresenta AOO de 16 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça considerando os Estados de ocorrência da espécie e sua vulnerabilidade às queimadas e fragmentação do hábitat, que afetam diretamente a sua dispersão e reprodução. Suspeita-se de baixo esforço de coleta para a espécie, que apresenta uma disjunção que pode estar refletindo a falta de estudos empreendidos. Sendo assim, fazem-se necessários o direcionamento de estudos e a coleta de dados em campo, a fim de se verificar a situação das subpopulações e de suas áreas de ocorrência. <i>M. berteroana </i>foi categorizada como "Em perigo" (EN).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita originalmente na obra Novarum et Minus Cognitarum Stirpium Pugillus 6: 21. 1834.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes:

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre em Florestas Ombrófilas Densas e Florestas Estacionais Deciduais (Costa et al., 2009).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Planta talosa, rupícola ou terrícola (Costa et al., 2012); ocorre em Florestas Ombrófilas Densas e Florestas Estacionais Deciduais (Costa et al., 2009) associadas ao bioma Mata Atlântica (Costa et al., 2012).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
Segundo Hallinbäck; Hodgetts (2000), a perda e degradação de habitat são as mais sérias ameaças às briófitas em todo o mundo. A degradação reduz a qualidade do habitat, causando o desaparecimento das espécies sensíveis; já a fragmentação conduz ao isolamento das comunidades de briófitas, visto que a dispersão e a reprodução são diretamente afetadas. Além disso, a fragmentação e destruição do habitat representam as maiores ameaças para espécies com distribuição restrita ou endêmica (Costa; Santos, 2009)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.2.3 Sub-national level on going
"Criticamente em Perigo" (CR), segundo a Lista da flora ameaçada do estado do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie possui registro no Parque Nacional do Itatiaia (CNCFlora, 2011).